Ninguém pode mensurar o valor dos sentimentos alheios sejam eles quais forem. As pessoas são cheias de achar saber o que dizer quando vêem uma pessoa triste sempre tem uma opinião, um conselho, uma dica. Sorte ou azar, aparentemente, sou boa em aconselhar, às vezes fico indignada com o poder que eu tenho de ajudar os outros a resolverem seus problemas em quanto os meus se acumulam aos montes. Nunca tive um amigo que não reclamasse do fato de eu nunca “ouvir” os conselhos que me dão. Na minha humilde opinião dar conselhos não é simplesmente falar o que vem a cabeça, isso a maioria das pessoas fazem, a diferença está em você ouvir o que a pessoa tem a dizer, identificar o que a pessoa quer fazer, tentar se por no lugar dela e juntando essas avaliações formular uma “tese”. Essa “tese” é o tal do conselho, se você acredita mesmo no seu conselho você convence a pessoa de que está certo, prepare-se para argumentar e defender a sua “tese”. Eu nunca “ouço” conselhos porque raras são as pessoas que me convencem do que elas defendem. De nada vale dizer para uma pessoa o que fazer se você no lugar dela não faria isso ou até mesmo se a pessoa em questão não quer fazer isso, você não vai convencê-la de nada e ela vai continuar com o problema. Faz parte de dar bons conselhos aceitar as diferenças e entender que as pessoas valorizam coisas diferentes, têm sonhos diferentes, têm tempos diferentes de amadurecimento essas variáveis influem no que dizer e em como as pessoas reagem ao que se diz. Lidar com o ser humano é dês de sempre o meu maior desafio, vivo tentando entender as variáveis que nos tornam tão diferentes mesmo as vezes parecendo tão iguais. É por esses motivos que digo que dar conselho não é simplesmente falar, até mesmo porque as vezes as pessoas nem precisam de um conselho só precisam desabafar mesmo.
Relendo isso até tenho o sentimento de que entendo muito mais das pessoas do que suponho, mas acredite isso não é nem 10% a estrada é muito longa.
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