TODOS NÓS NASCEMOS LAGARTA! Passamos então a nos alimentar, mas não de folhas e sim de experiência, de vivencia, conhecimentos, decepções, alegrias. Nessa fase estamos descobrindo tudo a nossa volta nos moldando formando o nosso caráter. Somos novos ainda, e temos quem nos ajude e acompanhe. Pelo caminho conhecemos muitas outras lagartas que também estão na busca de se entender. É um período confuso só sabemos que precisamos muito absorver tudo o que pudermos de conhecimentos e experiências. Nós não filtramos nada, só absorvemos. Nesse ponto da nossa vida nós de certo só temos o nosso amor pelo Sol que sempre nos esquenta. Nesse nosso anseio por absorver tudo o Sol é o único que nos entende por isso nos entregamos de alma e corpo a ele e como é bom o seu calorzinho como isso nos acalenta. Diante dessa tempestade de sentimentos o que nós temos por ele de todos é o mais bonito o mais certo... Um dia sem que nós percebamos somos pegos de surpresa e de repente não vemos mais o Sol. No nosso coração nós o sentimos, mas não podemos vê-lo e isso nos atormenta, entristece. FECHAMOS-NOS EM UM CASULO! Em nós só restou tudo aquilo que absorvemos, mas não sabemos lidar com isso. Destino ingrato esse o nosso lidar com toda essa enxurrada de sentimentos e informações sozinhos e sem termos o alento do Sol. Nada parece justo! Em principio nos revoltamos e vamos entristecendo fugindo desta maré de sentimentos de experiências. Aos poucos vamos nos acostumando ao escuro e começamos a olhar mais para dentro de nós, isso nos faz entender cada um dos sentimentos, sensações, experiências que absorvemos antes. Então começamos a perceber que ser lagarta só já não nos basta mais precisamos evoluir. É A HORA DE CRESCER! No nosso interior organizamos tudo como se arrumássemos a nossa casa nova. Com cuidado pegamos as alegrias tiramos a poeira de cima e a colocamos em uma estante bem visível. Depois pegamos as tristezas, as magoas e todos os rancores guardados até aqui e desamassamos, resolvemos, organizamos e guardamos. Então pegamos nossas experiências uma a uma e penduramos na parede para que jamais esqueçamos. Bom nossas vitórias e derrotas e colocamos uma ao lado da outra bem na entrada da casa, é importante nos lembrarmos sempre que às vezes nós ganhamos e às vezes nós perdemos, e que isso faz parte afinal não importa o que aconteça “isto também passará”. Agora olhamos pra nós e ainda não nos sentimos satisfeitos, por dentro as coisas parecem em ordem, mas por fora somos ainda lagartas. Nesse momento nós adormecemos o sono dos justos. Durante este sono cuidamos do detalhes de dentro da casa, mas a maior transformação acontece fora. Um dia ainda preguiçosos bem devagar vamos despertando e nos sentindo melhor com nós mesmos mais felizes, mas algo nos falta. O casulo ficou pequeno de mais para nós e sentimos a necessidade expandirmos os horizontes. É HORA DE SAIR! Existe um mundo novo lá fora para ser visto. Este ainda não será nosso momento de glória pelo contrário para sair do casulo fazemos um esforço supremo nos esgueirando até o limite de nossas forças tirando de cada célula do nosso corpo a força para sobreviver. De fora muitos assistirão a isso com o coração na mão triste apreensivos por nos ver sofrer tanto. Em muitos momentos vamos querer desistir. É necessário que passemos por esse processo. Enquanto nossa transformação ocorria muita coisa que não nos servia mais foi se acumulando virando veneno e só assim sofrendo para sair do casulo e que todo esse veneno poderá ser expulso do nosso corpo evitando que nos faça algum mal. Quando o casulo vai se rompendo nós sentimos algo há muito esquecido um calor que nos parece muito familiar. Nós estamos cansados e aquela sensação estranha nos move recuperamos as forças e lutamos de novo para nos livrarmos do casulo. A batalha é longa o caminho tortuoso, mas enfim conseguimos. A nossa recompensa está bem acima de nós: o sol.
Este texto é muito especial, explica o porque eu escolhi este nome para o Blog. Boas reflexões sobre o assunto, um beijo!!
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